Operação Ouro Verde
"NOTA À IMPRENSA Nº 013/2007-DPF/JVE/SC
Polícia Federal e Receita Federal deflagram operação de combate a crimes financeiros na Região Sul
A Polícia Federal e a Receita Federal iniciam na manhã de hoje, 30, a Operação Ouro Verde. As equipes da Delegacia de Polícia Federal em Joinville/SC e do Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Rio Grande do Sul executam as ações sob coordenação da DFIN – órgão central de combate a crimes financeiros. As ações acontecem simultaneamente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Em Santa Catarina estão sendo cumpridos 76 Mandados de Busca e Apreensão e cerca de 15 mandados de prisão temporária e preventiva nas cidades de Joinville, Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá, São Bento do Sul, Balneário Camboriú, Indaial, Blumenau, Itajaí, Florianópolis, Brusque, Joaçaba, Treze Tílias e Araucária (PR).
Participam da operação 394 policiais federais de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, bem como 101 Auditores Fiscais da Receita Federal. No Rio Grande do Sul estão sendo cumpridos 55 mandados de busca e apreensão e mais de 20 mandados de prisão, estando envolvidos 310 policiais federais e 60 Auditores Fiscais da Receita Federal. No total são 131 mandados de busca e mais de 40 mandados de prisão, com a participação 704 policiais federais e 161 Auditores da Receita Federal. Por requisição da Polícia Federal a Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de aproximadamente 560 contas bancárias ligadas ao esquema criminoso.
A operação visa desarticular organização criminosa que agia nos dois estados, instalando um “sistema bancário” paralelo. O grupo oferecia quase todos os serviços bancários, tais como manutenção de conta corrente e investimentos (abastecidos com dinheiro de caixa dois de empresas), compra e venda de moeda estrangeira e remessa de valores para o exterior através de canais financeiros ilegais e não declarados às autoridades competentes.
A existência desse mercado bancário sem o conhecimento do Banco Central permitia à organização ocultar e lavar o dinheiro obtido com a prática de diversos crimes, especialmente de contrabando e descaminho e, inclusive, do tráfico de drogas.
As investigações começaram em novembro de 2005, com a instauração de Inquérito Policial na Delegacia de Joinvile, em razão da apreensão de US$ 20 mil. A quantia estava sendo transportado de Florianópolis para uma agência de turismo em Joinvile. A partir das investigações da Polícia Federal e da Receita surgiram indícios de que a empresa seria uma casa de câmbio clandestina, utilizando “mulas” para transportar moedas estrangeiras, dissimulando e ocultando a origem das operações.
Com a continuação dos trabalhos de inteligência financeira a Força-Tarefa identificou uma grande operadora de câmbio, sediada em Jaraguá do Sul/SC, e que praticaria lavagem de dinheiro, remessa ilegal de divisas para o exterior, sonegação fiscal e câmbio clandestino.
Detectou-se também que o grupo possui contas em paraísos fiscais (Antilhas, Uruguai e Curaçao) e utiliza contas-correntes em outros países (Alemanha, EUA e China), além de empresas off-shore no exterior e movimentaria mais de US$ 10 milhões.
A organização tem como clientes mais de 30 empresas dos ramos de pneus, têxtil, de exportação, entre outros, que estão sendo alvo de buscas. Algumas dessas empresas, além da evasão de divisas, promoviam importação fraudulenta de pneus usados.
Este esquema consistia na “cessão comissionada” de uma empresa para outra, de liminares para importar pneus usados e que eram revendidos para transportadoras e comerciantes, o que contraria as decisões judiciais e as Resoluções e Portarias do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA e da Secretaria do Comércio Exterior - SECEX.
A vertente gaúcha da operação detalhou os crimes praticados por outra operadora de câmbio, sediada em Porto Alegre, com a qual a operadora catarinense mantinha uma esquema de compensação. As empresas compartilhavam clientes, remessas para o exterior e pagamentos.
No Rio Grande do Sul, detectou-se o envolvimento de uma das maiores financeiras do estado, utilizada como fachada e para lavar o dinheiro ilegalmente. Alguns de seus proprietários, operadores do mercado financeiro, também estão sendo presos.
Nesse estado, a organização tinha como principais clientes grandes empresários, empresas que trabalham no ramo de importação e exportação e movimentava por dia aproximadamente R$ 1 milhão.
Para executar suas atividades a nível internacional o grupo possuía braços financeiros no Uruguai e nos Estados Unidos da América, e segundo estimativas da inteligência financeira da Polícia e da Receita já teriam movimentado no exterior mais de US$ 250 milhões.
Os presos, em sua maioria doleiros e empresários, responderão pelos crimes de formação de quadrilha, descaminho, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, funcionamento de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta e sonegação fiscal, cujas penas somadas podem alcançar a 30 (trinta) anos de reclusão.
O nome da operação OURO VERDE é uma alusão à coloração das cédulas de dólar e o ouro uma referência ao lastro metálico da moeda americana.
Comunicação Social da Superintendência da Polícia Federal em Santa Catarina
Comunicação Social da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul"
Polícia Federal e Receita Federal deflagram operação de combate a crimes financeiros na Região Sul
A Polícia Federal e a Receita Federal iniciam na manhã de hoje, 30, a Operação Ouro Verde. As equipes da Delegacia de Polícia Federal em Joinville/SC e do Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Rio Grande do Sul executam as ações sob coordenação da DFIN – órgão central de combate a crimes financeiros. As ações acontecem simultaneamente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Em Santa Catarina estão sendo cumpridos 76 Mandados de Busca e Apreensão e cerca de 15 mandados de prisão temporária e preventiva nas cidades de Joinville, Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá, São Bento do Sul, Balneário Camboriú, Indaial, Blumenau, Itajaí, Florianópolis, Brusque, Joaçaba, Treze Tílias e Araucária (PR).
Participam da operação 394 policiais federais de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, bem como 101 Auditores Fiscais da Receita Federal. No Rio Grande do Sul estão sendo cumpridos 55 mandados de busca e apreensão e mais de 20 mandados de prisão, estando envolvidos 310 policiais federais e 60 Auditores Fiscais da Receita Federal. No total são 131 mandados de busca e mais de 40 mandados de prisão, com a participação 704 policiais federais e 161 Auditores da Receita Federal. Por requisição da Polícia Federal a Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de aproximadamente 560 contas bancárias ligadas ao esquema criminoso.
A operação visa desarticular organização criminosa que agia nos dois estados, instalando um “sistema bancário” paralelo. O grupo oferecia quase todos os serviços bancários, tais como manutenção de conta corrente e investimentos (abastecidos com dinheiro de caixa dois de empresas), compra e venda de moeda estrangeira e remessa de valores para o exterior através de canais financeiros ilegais e não declarados às autoridades competentes.
A existência desse mercado bancário sem o conhecimento do Banco Central permitia à organização ocultar e lavar o dinheiro obtido com a prática de diversos crimes, especialmente de contrabando e descaminho e, inclusive, do tráfico de drogas.
As investigações começaram em novembro de 2005, com a instauração de Inquérito Policial na Delegacia de Joinvile, em razão da apreensão de US$ 20 mil. A quantia estava sendo transportado de Florianópolis para uma agência de turismo em Joinvile. A partir das investigações da Polícia Federal e da Receita surgiram indícios de que a empresa seria uma casa de câmbio clandestina, utilizando “mulas” para transportar moedas estrangeiras, dissimulando e ocultando a origem das operações.
Com a continuação dos trabalhos de inteligência financeira a Força-Tarefa identificou uma grande operadora de câmbio, sediada em Jaraguá do Sul/SC, e que praticaria lavagem de dinheiro, remessa ilegal de divisas para o exterior, sonegação fiscal e câmbio clandestino.
Detectou-se também que o grupo possui contas em paraísos fiscais (Antilhas, Uruguai e Curaçao) e utiliza contas-correntes em outros países (Alemanha, EUA e China), além de empresas off-shore no exterior e movimentaria mais de US$ 10 milhões.
A organização tem como clientes mais de 30 empresas dos ramos de pneus, têxtil, de exportação, entre outros, que estão sendo alvo de buscas. Algumas dessas empresas, além da evasão de divisas, promoviam importação fraudulenta de pneus usados.
Este esquema consistia na “cessão comissionada” de uma empresa para outra, de liminares para importar pneus usados e que eram revendidos para transportadoras e comerciantes, o que contraria as decisões judiciais e as Resoluções e Portarias do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA e da Secretaria do Comércio Exterior - SECEX.
A vertente gaúcha da operação detalhou os crimes praticados por outra operadora de câmbio, sediada em Porto Alegre, com a qual a operadora catarinense mantinha uma esquema de compensação. As empresas compartilhavam clientes, remessas para o exterior e pagamentos.
No Rio Grande do Sul, detectou-se o envolvimento de uma das maiores financeiras do estado, utilizada como fachada e para lavar o dinheiro ilegalmente. Alguns de seus proprietários, operadores do mercado financeiro, também estão sendo presos.
Nesse estado, a organização tinha como principais clientes grandes empresários, empresas que trabalham no ramo de importação e exportação e movimentava por dia aproximadamente R$ 1 milhão.
Para executar suas atividades a nível internacional o grupo possuía braços financeiros no Uruguai e nos Estados Unidos da América, e segundo estimativas da inteligência financeira da Polícia e da Receita já teriam movimentado no exterior mais de US$ 250 milhões.
Os presos, em sua maioria doleiros e empresários, responderão pelos crimes de formação de quadrilha, descaminho, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, funcionamento de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta e sonegação fiscal, cujas penas somadas podem alcançar a 30 (trinta) anos de reclusão.
O nome da operação OURO VERDE é uma alusão à coloração das cédulas de dólar e o ouro uma referência ao lastro metálico da moeda americana.
Comunicação Social da Superintendência da Polícia Federal em Santa Catarina
Comunicação Social da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul"
1 Comments:
A malandragem tah soltah...hahaha
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